quarta-feira, 30 de abril de 2008

HERÓI NACIONAL

Caminhava rapidamente em direção as ruas do centro, a notÍcia de que o irmão estava lá fumando craque e se drogando com os meninos de rua há deixou feliz, faziam três dias que o irmão caçula havia desaparecido e ele estar vivo era uma notÍcia maravilhosa.
Ele preparou o cachimbo, raspou a pedra de craque, antes de fumar conferiu os bolsos e estava tudo no lugar, os reais roubados na praça iriam garantir alguns dias de tranqüilidade. Sentou na calçada e olhou o céu, pegou o isqueiro e antes que pudesse aceder, viu um carro da polícia fazendo a curva para entrar no beco. As putas e travestis saíram de fininho, os moleques começaram a se dispersar, ele ficou parado.
No banco de trás o carro da policia estava um dos moleques mais violentos das ruas, quinze anos de idade e já havia matado, roubado e estuprado, era o herói de todos nas ruas do centro. Da janela ele apontou para o moleque que estava parado. O policial saiu da viatura, sem perguntar nada deu um chute no menino, um dente saltou da boca e o sangue começou a escorrer. Outros dois policiais que estavam no carro saíram para procurar mais moleques.
_Fala o filho da puta!
_Porra doutor, eu não fiz nada, to limpo.
Mais um chute, desta vez na boca do estômago, o sangue começou a jorrar pela boca. Os outros policias chegaram trazendo mais três moleques. Da viatura, o que já havia sido preso apontava para ele como culpado.
O policial pegou o cassetete, e espancou o joelho do menino, os gritos de dor ecoavam por todo o centro, as ruas estavam vazias, ninguém era solidário a ele. Da esquina ela viu a movimentação e reconheceu a voz do irmão, correu desesperada atropelando os outros policiais que a seguraram.
_Pare com isso pelo amor de Deus!
_Quem é essa vagabunda?
_Pare! O que ele fez para merecer isso... Olha pra ele, você vai matá-lo, seu assassino!
_ Matar esse lixo não é assassinato, é limpeza social, as ruas estão cheias dessa merda espalhada, alguém precisa fazer faxina e limpar essa latrina.
Num golpe ela conseguiu livrar-se dos guardas, ajoelhou-se e abraçou o irmão. O policial olhou para ela com olhos gulosos, ela era bonita, jovem, tinha seios fartos, curvas bem feitas, era uma moça muito polida, porém, vivida.
_É o seguinte, vamos acabar com essa palhaçada! –Puxou a arma e apontou para os dois, os outros policiais começaram um misto de aposta e risadas olhando a cena.
_ Não, ele é meu irmão, você não pode atirar nele assim, ele é meu único irmão!
_Hum! Quer defender o irmãozinho! Então vamos fazer uma troca, você chupa o meu pau bem gostosinho e se eu gozar ta todo mundo livre, mas se eu não gozar, mato os dois, o que você acha?
O menino não tinha condições de falar, a boca estava inchada, o estômago estava dolorido e não sentia as pernas, mas ele estava feliz de ver a irmã, sabia que ela o salvaria, ela sempre estava por perto quando ele precisava.
Ela se recusou a chupar o pau daquele policial nojento. O policial pediu para que os seus parceiros amontoassem todos os meninos no mesmo canto e que retirassem ela de perto do irmão, pegou a arma, encostou o cano no ouvido do menino, fez terror por alguns segundos e atirou na parede, o estrondo do tirou estourou o tímpano do garoto que começou a sangrar, o menino desmaiou de dor.
_Errei! Mas o próximo será na cabeça! Vai ou não vai chupar o meu pau o vagabunda de merda?
Ela não tinha escolha, ou fazia o que ele pedia ou o irmão morreria, abaixou-se, ficou de joelhos e disse que faria qualquer coisa para salvar o irmão. Os policiais juntaram todos os meninos no mesmo canto em que o outro havia desmaiado. De armas em punho ficaram a uns dois metros de distância para assistir melhor a cena.
O policial abriu o zíper, colocou o pau para fora, pegou a menina pelos cabelos e há colocou violentamente na sua frente, encostou a arma na cabeça dela.
_De vagar, se você me machucar eu te mato! Entendeu o vagabunda de merda?
Os outros policiais riam como se aquilo fosse um circo. Da viatura o menino já preso e algemado assistia a cena sorrindo, aquilo tudo era diversão pra ele.
A menina colocou o pau do policial na boca, estava ainda mole, mas logo começou a ficar ereto, ela sentiu ânsia de vomito, ele a puxou pelos cabelos. As ruas estavam desertas. Ela novamente sentiu um engulho no estomago, o pau do policial estava ficando mais enrijecido.
Ela olhou para o irmão desmaiado no meio dos outros meninos, olhou os outros policiais que assistiam a cena, olhou o menino no banco de traz da viatura, sentiu-se a criatura mais suja do mundo, não valia mais pena viver daquele jeito. O pau do policial já estava totalmente ereto, ele fazia caras e bocas de deleite. Ela sentindo-se suja como uma porca. Respirou fundo, engoliu todo o pau do policial e num reflexo, mordeu o mais forte que pode, arrancando o pau dele em poucos segundos. Com a boca suja de sangue ela jogou-se pra trás, o policial num reflexo descarregou a arma, matando a menina, o irmão e todos os moleques do beco.
Os policiais entraram em pânico, não sabiam o que fazer, chamaram uma ambulância pelo radio, se movimentavam com desespero.
O policial agora castrado olhou para os corpos das crianças mortas no beco, olhou pra seu pau caído na sarjeta em meio a possa de sangue, apontou a arma para a própria cabeça e gastou sua última bala no resgate de sua honra, morreu ali mesmo.
Os outros policiais entregaram a arma vazia do amigo castrado e morto pro moleque no banco de trás do carro, o liberam e o mandaram embora, agora tinham um culpado por tudo aquilo.
A notícia de que o menino havia matado o policial depois de matar varias pessoas no centro comoveu todo o país e o policial castrado e morto foi notícia e aclamado pela midia como o mais novo herói nacional. O menino acusado de massacre não sobreviveu àquela noite.

3 comentários:

Anônimo disse...

pera ai cara, um policial não pode ser aclamado como herói nacional por ter perdido o pinto e levado um tiro na cabeça... tem que melhorar o final.

Robson disse...

Porque não pode vivrar herói? Depende da versão que a imprensa colocar no ar!

Anônimo disse...

mas é isso que tá faltando, cade a versão da imprensa que o tornou herói?

Ş