O POP NÃO POUPA NINGUÉM

Morreu o Rei do POP e a frase “O POP NÃO POUPA NINGUÉM” nunca fez tanto sentido. O espetáculo patético de ontem televisionado ao vivo para o mundo foi um dos maiores shows de horror da história do “Show Bis”.

Será que irão fazer o mesmo quando Nelson Mandela morrer? Será que irão televisionar para o mundo o velório de José Saramago? Será que no dia em que Martti Ahtisaari morrer o mundo irá fazer um show em agradecimento pelo seu trabalho de décadas? Acho que não.

Depois do que vi ontem, irei apagar do meu computador todas as músicas que tenho do Maicon Jéquison e nunca entrarei numa loja para comprar um disco, cd ou DVD do rei do pop. Gosto das músicas dele, mas não vou colaborar para alimentar essa máquina de sucesso que rende milhões de dólares, pois o importante é faturar não importa como. Essa mídia doentia precisa ser freada já, não podemos ser condizentes com isso.

O fato é que somos manipulados para uma conduta forçada de consumo, para um modelo de vida que não é real e que nos força a comprar coisas que não precisamos por um valor que não podemos pagar, e nisso reflete a violência, os crimes, as doenças e a morte prematura pelo craque.

Esse modelo doente mata aos poucos nossa cultura e nos empurra ladeira abaixo, mas está tudo bem desde que continuemos a consumir.

Chega, não quero ser POP, porque o POP não poupa ninguém!