quarta-feira, 8 de abril de 2009

BIGUI BRODER BRAZIL














Eu realmente não tenho nada contra os participantes do BBB, acho até que os participantes não têm a mínima idéia do que eles estão provocando para a massa midiática brasileira. Na verdade essa é uma posição concreta de não ter nada contra ninguém, sendo assim também não tenho nada contra quem assiste e gosta de BBB.

Mas é real e concreto que a midia e a força da exposição da caixinha mágica o qual chamamos televisão, impõe regras sociais e comportamentais mas principalmente, acelera o consumo indiscriminado de produtos e serviços.

O que mais me preocupa no BBB, é a imposição de um modelo comportamental, que é admirado por nossas crianças e incentivado por seus pais que com certeza irão repetir esse mesmo modelo que a caixinha mágica nos impõe em busca de sucesso, copiando o que vê muits vezes sem pensar.

As pessoas confinadas no BBB são chamadas de heróis, são colocadas num patamar de extrema importância, e mesmo sem chegar a "final" ganham muito dinheiro, saem de cena preparados pra tirar a roupa em alguma revista erótica, tornando-se assim um exemplo vivo de vencedor, um arquétipo de sucesso.
E o que eles fazem para merecer tanto? Não é por viverem em festas maravilhosas numa casa onde tudo é do bom e do melhor, onde tem piscina, academia, muito conforto e o sexo (mesmo que a caixinha nos prive destas cenas) role solto e todo mundo sabe e quem não sabe imagina como e onde acontecem as orgias. Eles são chamados de heróis porque suas imagens vendem muito todo o tipo de produto, e não importa a influência que isso possa causar nas pessoas, o importante é o lucro.

Eu posso afirmar que não cheguei a assistir nenhum capitulo inteiro do programa, mas ontem antes de iniciar a “final”, minha sobrinha de doze anos me disse que quer ser uma BBB, e me confessou em segredo que experimentou cerveja pela primeira vez por que ela, as amigas e os meninos da escola, fizeram uma festinha igual ao BBB, e o pior com o apoio dos pais.

Hoje pela manhã, um amigo do escritório chegou muito empolgado com a ”final”, está como minha sobrinha, fascinado pelo modelo de conduta imposto pelo BBB, espero que ele não incentive as filhas a copiar o modelo da caixinha, e se o fizer, espero que ele tenha força para agüentar o rojão da insistência de ser “POP”, porque como diz a canção: “O POP não poupa ninguém”

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